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#coberturacolaborativa: Muito Axé na Wassa Wassa

Novembro 7, 2011

Saímos do sul da ilha em direção ao bairro do Rio Vermelho, localizado na região leste da ilha. O destino: a festa Wassa Wassa, organizada pelo grupo Abayomi , que rolou no último dia 05 de novembro, no Galpão Crioulo.

Durante a semana tanto no campus da UFSC, como nas redes sociais, como Facebook, o assunto só era esse. A expectativa quanto ao que iria acontecer era grande.

Na entrada muitos carros estacionados no imenso gramado. A cada passo até o salão vislumbrei os rostos conhecidos, as cores nas roupas de inspiração africana e uma alegria sem fim dos amigos que se reencontravam, e de alguns moradores do bairro que estavam felizes por poderem curtir uma festinha do lado de casa.

Mas o assunto de muitas rodas de conversas era quando iriam começar as atrações musicais. A balada já estava bombando, a fogueira montada e eis que ao redor do fogo surgiam os primeiros toques de djémbes. Era o grupo Batukajé, coordenado por Nicolas e Nega que chegava.

Um grande número de pessoas formou um grande círculo em torno dos componentes do grupo e se interagiu de diferentes formas: uns extasiados que só conseguiam olhar, outros mexendo o corpo ao som do ritmo e ainda aqueles que só estavam ali de corpo presente, pois sua alma ou espírito já tinha atingido outras dimensões.

No meio da apresentação do Batukajé, a presença ilustre do senegalês Modou, um dos motivos da realização da festa, que encantou a todos, seja com a cadência no toque do djémbe, ou dançando.

Na sequência, entraram os anfitriões da festa: o grupo Abayomi que impressiona a todos pela quantidade de pessoas que entrelaçam seus corpos aos ritmos africanos. Além disso, interagindo com os anfitriões na grande roda de djémbés, um grupo formado por no máximo dez pessoas,coordenado por Maura e Oscár ,mostrava um trabalho corporal de qualidade, iniciado a pouco tempo, no próprio bairro do Rio Vermelho. A recepção do público continuou a mesma: êxtase, catarse e descontração.

O que era mais incrível é que em meio a tantos tambores e um som que transcendia, a repressão policial não conseguiu destruir a alegria de tantas pessoas. O Galpão Crioulo possibilitou realmente a essa cena da cultura afro de Florianópolis se expressar.

E pra quem pensou que iria parar por aí, o salão ferveu ao som do coco tocado por integrantes do Arrasta Ilha, da banda Pife na Manga, do cacuriá e do samba de roda.

O axé… tão gritado por esse cenário dos novos protagonistas da cultura negra da ilha, estava esboçado no rosto de todos e principalmente da organização, que se transformou num coletivo operante que satifez a todos.

Agora com energia renovada, o corpo suado é preciso seguir viagem …

texto por Alexandra Alencar |  fotos por Anninha Piccolo | som por Rafael Vilela

3 comentários leave one →
  1. Novembro 7, 2011 08:25

    Catarse geral e coletiva!
    Wassa Kumba!

  2. Hélio Cadore permalink
    Novembro 7, 2011 09:20

    Aí filhão.Curtimos tudo isso e ficamos muito fe;izes com o sucesso de vocês, daqui de Salvador.Beijão especial.Mãe

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  1. Wassa Wassa « Abayomi

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